Áreas Temáticas e Membros do Comitê

Selecione o área mais adequado para a sua proposta a partir da lista seguinte, e insira-o no local designado no sistema de envio. Só se pode realizar o envio para um circuito. O nome dos membros do comitê do programa é fornecido meramente com fins informativos. Endereçar a sua correspondência APENAS à Secretaria da LASA.

ÁREAS TEMÁTICAS NOVAS PARA A LASA2025

BLF / Borderlands/La Frontera

Matthew Goodwin, University of New Mexico
Anita Huizar-Hernandez, Arizona State University 

Esta área temática orbita o conceito de fronteira, tal como a escritora chicana Gloria Anzaldúa o desenvolveu em seu trabalho pioneiro: “entendo a fronteira como o aleph de Jorge Luis Borges, um ponto na terra que contém dentro de si todos os outros lugares. As pessoas que estão nele, sejam nativas ou migrantes, brancas ou racializadas, cuírs ou heterossexuais, deste lado ou do outro da fronteira, são locais, pessoas do lugar; todas se relacionam de diferentes maneiras, com a fronteira e com o estado de nepantla.” Nepantla constitui um estado do ser e uma forma de existir que encarne esse estar-entre e essa liminaridade que surge de habitar espaços fronteiriços — geográficos, culturais, sexuais ou raciais. A fronteira é uma zona fértil para viver entre línguas e culturas, como estabeleceu Sylvia Molloy, mas também um território político traumático onde os impulsos de descolonização convivem com realidades coloniais. Estas terras fronteiriças são simultaneamente um lugar de resiliência e invenção como de incompreensão e violência. Convidamos apresentações e painéis que abordem todas as dimensões da vida neste espaço de existência.

CEM / Cuerpos en movimiento

Michelle Clayton, Brown University
Néstor E. RodríguezUniversity of Toronto
Cristina Soriano, University of Texas, Austin

Referindo-se a Caminhando — peça em que recorta uma fita de Moebius —, Lygia Clark sublinha o modo em que tudo converge numa experiência evanescente do movimento corporal: “Existe apenas um tipo de duração: o ato. O ato é que produz o Caminhando. Nada existe e nada depois”. Esta área temática se propõe a pensar as múltiplas dimensões do corpo em movimento como instância de experimentação e compromisso com o mundo. Os fluxos de corpos que cruzam o tempo e o espaço — migração, exílio, diáspora e errância — foram fundamentais para modelar as políticas nacionais e transnacionais, os movimentos sociais e as identidades étnicas e culturais na América Latinx. Por sua vez, os corpos em ação também foram o apoio material do ativismo e da experiência afetiva: a dança e a performance, assim como o movimento da mão que se abandona à escrita. O que dizer dos corpos reunidos com graus diferentes de sociabilidade, ao redor do gozo ou do sofrimento? Esta área temática convoca propostas para painéis e mesas que abordem o movimento e a circulação na América Latinx, em escalas íntimas, individuais, coletivas e públicas.

DIS / Dispositivo-cuerpo

Ted Henken, Baruch College, City University of New York
Irina Troconis, Cornell University

Em março de 2020, o mundo se paralisou. Alguns de nossos corpos se tornaram bites, nossa prática artística e intelectual se despejou na World Wide Web. Durante a pandemia do Covid-19 assistimos a dois processos opostos e complementares: a virtualização da vida cotidiana e a viralização da comunicação. O corpo, como sistema operacional, se viu forçado a se enfrentar tanto a carga viral quanto o assédio de um novo mundo virtual, e a repensar radicalmente a interação física dado o distanciamento social. Esta área temática explora as novas formas de conexão, as metamorfoses e ressignificações do corpo na esteira da pandemia. Tenta propor, também, uma arqueologia viva que retome a complexa reflexão sobre os meios de comunicação já produzida da América Latinx. Trata-se de uma encruzilhada que teóricos como Jesús Martín Barbero encontraram no paradoxo de nossa região: a experiência de uma tardomodernidade eletrônica e, simultaneamente, uma cultura onde o corpo media tudo. Interessamo-nos pelas configurações inéditas do corpo e sua flexibilidade de inscrição nas redes sociais, assim como nas novas convenções do mundo digital, a cultura do ódio, as polarizações do ativismo, a inteligência artificial e seu acesso expandido.

EAB / El arte de bregar

Lena Burgos Lafuente, Stony Brook University
Jacqueline Loss, University of Connecticut

Na América Latinx, existe um saber não-formalizado que serve para navegar a vida cotidiana, mutante e violenta, imprevisível e em eterna crise. A linguagem o captura em termos como: bregar, resolver, dar um jeito, fazer uma gambiarra, negociar, remarla, chambear, atarlo con alambre, rebuscársela, to husle. Pode ser definido como um neoliberalismo vindo de baixo: todo um desdobrar de estratégias de sobrevivência que inclui as economias informais, as intervenções dos movimentos sociais e as estéticas tão esplendorosas quanto pobres. Em sua discussão sobre os múltiplos cenários da vida portorriquenha, Arcadío Díaz Quiñones adverte que quem sabe bregar “lida bem com algo, com sabedoria, seja um mundo de coisas, um mundo de pessoas ou a própria linguagem”. Esta dimensão tripla toca o mundo, os corpos e a língua; o bregar é uma política-erótica, precária e gozosa, que exige manobra e delicadeza. Esta área temática explora as formas simultâneas de negociação e resistência— essas artimanhas do fraco, tal como concebeu Josefina Ludmer — que implicam imaginação coletiva, afeto e desobediência, mas também cálculo, inteligência e astúcia.

INS / Intersectionalities

Roosbelinda Cárdenas, John Jay College, CUNY
Rafael Cesar, Princeton University

A interseccionalidade não abarca apenas o entrecruzamento de raça, classe, etnia e gênero, mas também dos marcadores culturais múltiplos — duplos, triplos ou mais — que constituem os cimentos da América Latinx. Incentivamos o envio de propostas que respaldem esta noção expansiva de interseccionalidade, tal como a artista transdisciplinária e Latinx Martine Gutierrez a define, em Indigenous Woman, “ao trabalhar para transmitir minha própria identidade fluida — uma identidade que desafia os binarismos de gênero e etnia — pretendo subverter os padrões de beleza cis, brancos, ocidentais e fazer perguntas sobre inclusão, apropriação e consumo.” Esta área temática se propõe como plataforma para debater sobre nossas pluralidades e especificidades culturais, tanto compartilhadas quanto diferenciais, nossos legados e experiências de violência social, deslocamento e opressão, passadas e atuais. E sobretudo, explorar a intersecção de nossas fluidas identidades culturais e de gênero, nossas epistemologias e imaginação política.

MTF / Mareas transfeministas

Verónica Gago, Universidad Nacional de San Martín

Esta área temática aborda o surgimento dos ativismos transfeministas do Sul Global e sua inédita articulação interseccional, cultural, social e política. Os movimentos transfeministas constituem uma maré que tece um novo internacionalismo vindo do Sul e de baixo. Assim, esses movimentos reinscrevem e reformulam velhas concepções de classe, raça e gênero e seus resquícios biologicistas. Os movimentos sociais de mulheres — em luta por direitos fundamentais como segurança, educação e alimentação — e as demandas do feminismo por direitos específicos — sufrágio, divórcio, aborto — antes terminavam divididos. Agora, ao invés disso, ambos se unem em uma mesma causa. Nos últimos anos, os transfeminismos gestados na Argentina, Brasil, Chile, México e Peru, entre outros, batalham tanto pelos direitos reprodutivos, as reivindicações LGBTQ+, contra o feminicídio, a desigualdade de gênero e a violência endêmica contra mulheres, assim como por direitos sociais que transbordam na agenta feminista tradicional. Alguns destes exemplos são os protestos, performances e mobilizações maciças organizadas por Ni Uma Menos, o movimento Marea Verde, Justificia para Nuestras Hijas, Minervas, #EleNão, Nuestras hijas de regreso a casa, LasTesis.
 

MAV / Materia vibrante

Santiago Acosta, Yale University
Valeria De los Ríos, Pontificia Universidad Católica de Chile

A cosmovisão ameríndia — segundo Eduardo Viveiros de Castro — não diferencia entre humanos e animais, já que os mitos “são povoados de seres cuja forma, nome e comportamento misturam inextricavelmente atributos humanos e não-humanos, em um contexto comum de intercomunicabilidade.” Hoje, os novos materialismos complexificam os limites do corpo e nos dizem que também somos a água que bebemos, as bactérias e os vírus que compartilhamos. Por isso, sustentamos o corpo como montagem de “matérias vibrantes” (à la Jane Bennett) que excede o que antes chamávamos de sujeito ou indivíduo. O corpo é sede de uma sensibilidade que nos conecta com o exterior da espécie, o vivo e, inclusive, com isso que às vezes chamamos de entorno ou mundo. Esta área temática explora essas aberturas do corpo, sublinhando sua dimensão material e as reacomodações que produz sobre o tempo do Antropoceno, para nos lançarmos sobre outras temporalidades planetárias. Interessa pensar a condição de vida do animal humano em relação com plantas, animais e todos aqueles seres vivos que compartilham seus saberes.

ÁREAS TEMÁTICAS PERMANENTES

AFR / Indigenous Peoples and Afro-descendants: Epistemologies and Knowledge

Américo Mendoza-Mori, Harvard University
Natalie Belisle, University of Southern California

AGR / Agrarian and Food Studies

Pablo Lapegna, University of Georgia
Vanesa Miseres, University of Notre Dame

ALD / Archives, Libraries and Digital Scholarship

Valeria Añón, Universidad de Buenos Aires
Alejandro Martínez, Universidad Diego Portales
Juana Suárez, New York University

ART / Art, Music and Performance Studies

Paula Fleisner, Universidad de Buenos Aires
Sarah Townsend, Pennsylvania State University

BIO / Biopolitics and Biopower

Leonardo Cardoso, Texas A&M University
Sergio Villalobos, University of Michigan

CHI / Childhood and Youth Studies

Désirée Díaz, Swarthmore College

CIV / Civil Societies and Social Movements

Omar Coronel, Pontificia Universidad Católica de Perú
Elisabeth Jay Friedman, University of San Francisco
Marcos Perez, Washington and Lee University

CUL / Culture, Power and Political Subjectivities

Ma​​rtin de Mauro Rucovsky, Universidad Nacional de Córdoba
Ana del Sarto, Ohio State University
Carolyn Fornoff, Cornell University

DEM / Democratization and Political Process

James Loxton, University of Sydney

ECO / Economics and Political Economy

Margarita Fajardo, Sarah Lawrence College
José Manuel Puente, Instituto de Estudios Superiores de Administración
Javier Rodríguez Weber, Universidad de la República

EDU / Education

Paula Louzano, Universidad Diego Portales
Fabiola Cabra, Pontificia Universidad Javeriana

ENV / Environment, Nature and Climate Change

Orlando Bentancor, Barnard College
Maiah Jaskoski, Northern Arizona University

FIL / Film Studies

Vania Barraza, University of Memphis
Argelia González Hurtado, St. Mary´s College of Maryland
Jesse Lerner, Pitzer College

GEN / Feminism and Gender Studies 

Xiomara Verenice Cervantes-Gómez, University of Illinois, Urbana-Champaign 
María Teresa Vera-Rojas, Universitat de les Illes Balears
Roberta Villalón, St. John University

HEA / Health and Wellbeing

Diego Armus, Swarthmore College
Justin Pérez, University of California, Santa Cruz

HIS / History and Archaeology

Barbara Arroyo, Universidad Francisco Marroquin
Paul Ramírez, Northwestern University
Gabriella Soto, Arizona State University

HUM / Human Rights and Memory

José Falconi, University of Connecticut
Olga Gonzalez, Macalester College
Yansi Pérez, Carleton College

IND / Indigenous Languages and Literature

Sherina Feliciano-Santos, University of South Carolina, Columbia

INT / International Relations/Global Studies

Katie Jensen, University of Wisconsin, Madison

LAB / Labor Studies

Alejandra Laera, Universidad de Buenos Aires

LAN / Language and Linguistics

Hugo Salgado, Iowa State University

LAT / Latinx Studies

Bernadine Hernández, University of New Mexico
Renee Hudson, Chapman University
John Ribó, Central Washington University

LAW / Law and Justice

Bernardo Bolaños Guerra, Universidad Autónoma Metropolitana 
Mellissa Linton, Arizona State University

LCC / Literature Studies: Colonial/19th Century

Yarí Pérez Marín, Durham University

LCE / Literature Studies: 20th/21st Centuries

Jeffrey Cedeño, Pontificia Universidad Javeriana
Ana Sabau, University of Michigan
Nathalie Bouzaglo, Northwestern University 

LCU / Literature and Culture

Luz Horne, Universidad de San Andrés
Danny MéndezMichigan State University
Pedro Meira Monteiro, Princeton University

MED / Mass Media and Popular Culture

Paloma Duong, Massachusetts Institute of Technology
Antonia Viu, Universidad Adolfo Ibáñez

MIG / Migration and Refugees

Ariany da Silva Villar, Universidad Central de Chile
Amelia Frank-Vitale, Princeton University
Camelia Tigau, Universidad Nacional Autónoma de México

OTR / Otros saberes and Alternative Methods

Paola Canova, University of Texas, Austin
Gabriela Valdivia, University of North Carolina, Chapel Hill

POL / Political Institutions

Isabel Castillo, Universidad de Chile
Laura Gamboa, University of Utah
Andrés Schipani, Universidad de San Andrés

PUB / Public and Social Policies

Emilia Simison, Queen Mary University of London
Ana Silvia Monzón, Flacso Guatemala

RAC / Race and Ethnicities

María Iñigo Clavo, Universitat Oberta de Catalunya
Patricia de Santana Pinho, University of California, Santa Cruz

REL / Religion, Politics and Society

Matthew Casey-Pariseault, Arizona State University
Diana Espírito Santo, Pontificia Universidad Católica de Chile

SLS / Sexualities and LGBTI Studies

Carl Fischer, Fordham University
Germán Garrido, Borough of Manhattan Community College

URB / Urban Studies

Marcy Schwartz, Rutgers University
Rachel Coutinho Marques Da Silva, Pontifical Catholic University of Rio de Janeiro

VIO / Security and Violence

Lucia Dammert, Universidad de Santiago de Chile
Salvador Maldonado, Colegio de Michoacán
David Smilde, Tulane University